Com novas concessões e PPPs, o país avança na geração de energia limpa e iluminação pública inteligente, preparando-se para liderar a transição global e contribuir com as metas da COP28 para 2030.

O Brasil, reconhecido por sua matriz energética predominantemente limpa, ocupa uma posição estratégica na transição global para energias renováveis e no desenvolvimento do setor. Em 2022, o país contava com cerca de 83% da energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis, sendo que agora o principal objetivo é buscar a ampliação desse potencial e atrair novos investimentos por meio de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões, garantindo uma transição energética sustentável e a expansão do uso do hidrogênio verde, considerado o combustível do futuro.

O país tem registrado um crescimento notável em fontes renováveis como energia solar e eólica, que juntos representam cerca de 30% da capacidade elétrica nacional. Entre 2022 e 2024, houve uma expansão de aproximadamente 89% na capacidade instalada dessas fontes, consolidando o Brasil como um dos líderes em produção energética limpa e diversificada. Com essa força no setor, o Brasil atraiu atenção na COP 28, onde foram estipuladas metas globais de triplicar a capacidade instalada de fontes renováveis até 2030 e duplicar os ganhos de eficiência energética.

Para que o Brasil se posicione como potência verde global, superar desafios como a modernização da infraestrutura, inovação tecnológica e a captação de recursos privados são passos fundamentais. As parcerias público-privadas (PPPs) têm se mostrado um caminho viável e cada vez mais recorrente para investimentos em energia renovável e infraestrutura.

A produção de hidrogênio verde – feito a partir de fontes renováveis e que emite apenas vapor d’água em sua combustão – está no centro das apostas para o futuro energético do país. Recentemente, a Câmara dos Deputados aprovou incentivos fiscais para estimular esse mercado emergente, ajustando o marco regulatório da produção de hidrogênio de baixo carbono. Entre as medidas, estão créditos tributários vinculados à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que visam reduzir o custo do hidrogênio verde e torná-lo economicamente competitivo em relação a combustíveis fósseis.

Esse incentivo é especialmente relevante para o Nordeste brasileiro, que se destaca pelas condições naturais favoráveis à produção de energia solar e eólica, essenciais para a geração de hidrogênio verde. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Brasil possui uma das condições mais competitivas para produzir o combustível em larga escala, e projetos como o de hidrogênio verde já em desenvolvimento pelo banco podem ultrapassar os US$ 7 bilhões em investimentos. A expectativa é que, até 2025, o Brasil inicie seu primeiro grande projeto de hidrogênio verde, consolidando o país como um dos principais fornecedores dessa tecnologia no mercado global.

Iluminação Pública e Expansão das PPPs

Outro exemplo de avanço por meio de parcerias público-privadas é o setor de iluminação pública, que tem se transformado em todo o país. Desde 2019, o número de contratos de PPP para modernização dos parques de iluminação saltou de 17 para 116, com investimentos contratados de R$ 27 bilhões. As novas parcerias buscam substituir tecnologias tradicionais por lâmpadas de LED e sistemas inteligentes, promovendo uma economia significativa de energia e, ao mesmo tempo, modernizando a infraestrutura urbana. Cidades como São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza já contam com projetos que, além de modernizar a iluminação, oferecem serviços adicionais que impactam a qualidade de vida e a segurança da população, como sensores de qualidade do ar e câmeras de monitoramento.

Os projetos de Smart Cities visam integrar diversos serviços urbanos em uma única infraestrutura, oferecendo à população uma cidade mais conectada e eficiente. Ao explorar o potencial das fontes renováveis, fomentar a produção de hidrogênio verde e investir em cidades inteligentes, o Brasil demonstra seu compromisso ambiental aliado à melhoria da qualidade de vida da população. Através de concessões e PPPs, o país abre caminho para uma infraestrutura energética mais limpa e sustentável.

Os temas estarão presentes no P3C 2025, um evento focado em parcerias público-privadas e concessões. Durante o evento, especialistas e representantes do governo discutirão como essas parcerias podem ajudar o Brasil a avançar na transição para energias renováveis e na modernização da infraestrutura urbana. Confira mais informações aqui

Sobre a Necta

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